Eu queria, por fim...
Sentir o peito arder,
O coração bater.
Sem doer tanto assim.
Um leve sangramento,
Um breve ferimento.
Pelo puro desejo de alento.
Confinado a este mero sofrimento,
Desatino, no que se faz ferir.
É uma desordem em que se impõe talento
Um amor que faz-te sorrir.
Entorpecido com tamanha relutância,
Embriagado por tão sóbria substância.
O doce que emana dos lábios teus.
Apenas um veneno que engana,
Mais um presente de Deus.
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